3/14/2012

Fazendo nada em Paraty


Estamos em Paraty desde 03/01/2012. Motorada tranquila de Ilhabela ate aqui, nada de vento, mar chao.



 Estamos ancorados nesta praia, muito legal. Tem agua doce gratis e com isso nao precisamos encostar em marinas.



Cobertura de flores apos uma chuva torrencial.




 Sem comentarios




 Ancoragem muito tranquia e deserta, perto da Ilha da Cotia, mas sem as lanchas e jets.




Almoco na "Laje"









Saco do Mamangua primeira abrigo a bombordo quem entra. Nessa ancoragem encontramos a agua mais transparente na regiao.

1/01/2012

Ilhabela

Ja em Ilhabela...
Fizemos boa navegada e chegamos em Ilhabela dia 30 de dezembro pela manha. Ja prontos para partir novamente, com destino a Parati.
Depois mais detalhes e alguma imagens.
T+

12/26/2011

Quase prontos para navegar!!

Entao!
Estamos em Porto Belo (ainda). Passamos o Natal por aqui e hoje terminamos uma revisao no barco. A floresta de seres marinhos sob o casco era uma coisa realmente digna de fotografar, mas claro, esqueci. Agora já mergulhamos, uns 3 dias de trabalho, e o casco esta praticamente limpo. O barco so faltando fazer o super dos pereciveis.  Um unico gatilho que nao sei se vamos poder consertar, a luz de navegacao de Bombordo nao funciona, como é no tope do mastro vamos tentar amanha cedo quando o movimento das aguas esta mais calmo. Estamos esperando o ultimo tripulante e parece...parece que a meteorologia vai  colaborar. Amanha ja vamos saber ao certo.

No mais td bem a bordo, plagiando um amigo navegador que sempre encerra seus posts assim.

T+

Zurettas

10/07/2011

6/06/2011

Atlantico..Uau!!!!

06/06/2011
Muito tempo se passou...bah!
O barco ainda esta em Porto Belo nas poitas do Joao.
Estive em Pelotas dando um Oi na turma quando recebi um e-mail do Luis Manoel do Green Nomad que estava comandando o Gojira do Sea Shepherd (www.seashepherd.org) peguntando se queria embarcar no Panama e navegar ate a Franca...rss....aceitei na hora.
Cheguei no Panama na tardinha, muito calor, abafado. Quase fiquei retido na imigracao...da pra imaginar ser impedido de entrar no Panama?? Eh que eu não tinha passagem de retorno, ai o pessoal ficou desconfiado. Minha documentacao (a original) não estava me esperando na chegada como combinado com o agente do navio, no final depois de uma hora mais ou menos já estava resolvido e entrei no Panama...rss
Passamos uns dois dias preparando o Gojira e tb os tramites burocraticos da passagem pelo canal(embarquei pelo lado do Pacifico).
Passado o canal cruzamos o mar do Caribe em 5 dias e paramos em Sant Lucia para reabastecer o sedento Gojira que quanto esta atramelado consome quase 200 litros por hora..hehe, mas em cruzeiro de travessia bem “devagarinho” uns 12/13 knots gastamos nesse trecho algo como 75 litros hora pelo que lembro. De San Lucia para a ilha da Madeira, uma perna de 2645 milhas que cobrimos em 11/12 dias, andando mais lentamente ainda pois nesse caso tinhamos a restricao de autonomia, navegavamos a 10/11 knots. Da Madeira para Franca mediterranea, mais uns 5 dias, agora queimando diesel pois estavamos com pressa...navegando a uns 14/15 knots em Gibraltar, para acompanhar os navios que parecem um enxame de abelha, tamanha a quantidade.
Nosso destino, La Ciotat uma cidadezinha muito legal que conta com estaleiros para os megaiates (que são mega mesmo..aff).
O Panama eh mais ou menos aquilo que se espera, latino, meio perigoso para se caminhar na noite. Já o Canal eh realmente interessante, afinal todos que velejam ou navegam tem o canal do Panama como um marco, não um objetivo, mas um ponto que divide o planeta e suas/nossas  vidas. Eh tudo aquilo que sempre lemos...os linehands jogando suas linhas com as bolotas (pinhas) para puxarem os cabos, o movimento das aguas com os navios, quase que da para prever como sera, de tanto que lemos sobre o canal, bem legal.
Fotos do Balboa Yatch Club e do uma das eclusas do canal




A travessia do mar do Caribe, e na realidade toda a viagem, eh interesssante. Afinal, estavamos navegando em aguas que se não míticas, muita gente que tem barco quer ir.
San Lucia








A primeira ilha do Caribe a gente nao esquece....San Lucia. Marina grande, super barcos, veleiros de todos os tipos, idades, condições. Gente de todos os lugares, montanhas verdes, ancoradouros com águas verdes (a água em San Lucia não eh tão transparente), preços altos.
Já a ilha da Madeira, portuguesa com certeza, com seu aspecto colonial, língua que praticamente se compreende, bons restaurantes preços mais baratos que no Brasil Tb uma escala interessante. E finalmente La Ciotat já na Franca, um lugar encantador com o astral de cidadezinha antiga ruas estreitas (parte velha, portuária) barcos nos cais em frente ao walkway, sem roubo, tudo aberto povo acolhedor, linda...
Fiquei a bordo do Gojira ate tirarmos da água para novo revestimento e manutenção. Fiquei mais um dia em La Ciotat, passeando, pois a bordo de um navio do Sea Shepherd, não exite vagabundo ou turismo..so trabalho, se ficar mais que 5 minutos olhando para o barco(mesmo que seja turista) alguém te arranja uma espátula e te coloca no trabalho..
Depois peguei um TGV de Marselle para Paris onde fiquei mais uns 3 dias esperando o vôo para o Brasil.
Navegamos do Panama ate La Ciotat alguma coisa ao redor de 5600 milhas (náuticas) onde a maior parte do percurso foi feita contra os tradewinds, ou seja contra o vento, contra as ondas  e contra a corrente...coisa pra maluco. Imagina um vento de 20/25 knots, mais a velocidade do barco, no mínimo 11/12 knots, vamos ter um vento aparente de 31/37 knots...ou seja sempre tinha vento no rosto, e ondas de 3m mais ou menos. Ta bem,  as vezes diminuía e tal, mas era essa a sensação geral. Tivemos sempre bom tempo, ou melhor, boa meteorologia e interpretação desta. O Luis Manoel fez ótimas escolhas de rotas com uma boa solução entre distancia/tempo/consumo/vento.
Já o Gojira (atualmente rebatizado de Brigitte Bardot, nova sponsor do Sea Shepherd) foi construído originalmente para bater um Record de volta o mundo, o qual bateu realmente, eh uma maquina de navegar. Corta o mar como faca quente na manteiga. A 16 knots com vento de 25 knots contra, praticamente não bate. Algumas pancadas sob as asas. So em um dia as pancadas foram realmente fortes, já no Mediterraneo, que tem as ondas curtas e bem altas. Por outro lado andar dentro do barco eh uma experiência única, vc precisa ter oito braços. O movimento eh muito rápido, e nunca se saba para que lado ele vai chacoalhar. O comentário a bordo eh que quem não enjoa a bordo esta aprovado (no primeiro dia fiquei um pouquinho aborrecido).
Agora já de volta, indo pegar o Zuretta que esta mofando em Porto Belo. 
Revisao geral, instalação das novas baterias,  limpeza das cracas brrrr na água gelada, algum tratamento contra ferrugem (sempre) e indo para Paraty em julho se tudo correr bem.
T+


Mar do Caribe




Ponte da estrada Pan Americana (Panama)


Minha cama




Ilha da Madeira

 AIS e navios no Estreito de Gibraltar e no porto
Um bom radar faz toda a diferenca



La Ciotat (Franca Mediterranea)

 Esse vai correr a Vandee Globe
 La Ciotat parte velha da cidade
 La Ciotat
Museu do Louvre

4/06/2011

Travessia em vista

Entao, nos proximos dias estarei embarcando no Gojira do Sea Shepherd para uma travessia.
Cliquem no emblema da organizacao que tem ai ao lado. Eles tem uma proposta de preservacao da vida marinha muito interessante.
Como eles tem seus protocolos, vou primeiro perguntar o que posso publicar e o que nao posso. Dependo, depois coloco mais detalhes.

O Gojira eh esse brinquedao ai da foto, 35 metros, 25 knots.

3/15/2011

Porto Belo

Finalmente Sol. Passamos os ultimos 5 dias com chuvas e ontem, com muito vento + ou - forca 7.
Ainda em Porto Belo. Bem Legal aqui, regiao muito bonita, belas paisagens e povo acolhedor. Mas depois de um mes ja com vontade de mudanca de aguas, ou ares, como queiram.
Essa noite fez frio, tive que puxar coberta e dormir vestido, sinal que o verao esta miando, brrrr.

Energia eletrica...aff...baita problema. O gerador eolico, teima em nao gerar. Alem disso, cheguei a conclusao que preciso de no minimo mais uns 100W em placas solar alem de aumentar o banco de baterias...$$$$$ . Com a geladeira desligada consigo manter a carga com um uso moderado da energia. Entretanto, navegando com o piloto certamente vai faltar. As placas com o balanco da velejada nao conseguem um angulo de incidencia adequado, reduzindo muito a eficiencia. Contava nessas horas com o aerogerador. O Gigante do EntrePolos, comentou que em Paraty tem um cara que arruma.  Isso se realmente esta estragado e nao mal ligado como o radar. A emenda do cabo do radar era uma massaroca inacreditavel. Nao era por acaso que o radar nao funcionava direito. Refiz a emenda com os isolamentos de aluminio e ficou funcionando bem direitinho dentro das limitacoes do radarzinho, ao menos consigo um eco de um navio a 3 milhas...hahah. A foto mostra como era a ligacao. So tirei as fitas isolantes comuns, de resto a emenda era exatamente assim, sem os isolamentos de aluminio, sem a malha externa nem nada..so os fios emendados e com fita isolante, nada mais...inacreditavel...

Tinha jurado para mim mesmo que nao iria mais reclamar das servicos do estaleiro, mas isso foi demais...juro novamente que nao falo mais nada....ao menos vou tentar, prometo.
ja comprei novas baterias, desta feita Moura Boat, por recomendacao do Gigante que teve boas experiencia com o produto, vamos torcer.
 Apesar disto, possivelmente tenha que ligar bastante o motor, quando subir agora para Ilhabela/Paraty no final do mes.
Estamos apoitados nas "poitas do JOAO". Um cara que tem algumas poitas que aluga e tb transporta o pessoal dos barcos pesqueiros para terra e presta servicos.
Eh uma zona, o pessoal dos pesqueiros e tb os do flutuante, uma casinha sobre bombonas (Petrobase), sao pessoas simples, gozadores e boa gente, muito legal...




Eh isso.
T+

1/26/2011

Em Florianopolis

01/26/2011

Estamos agora em Florianopolis novamente esperando vento, choveu muito nos ultimos dias inundando boa parte do estado, coisa feia...
Saimos de Rio Grande dia 17 de janeiro, passando pelos molhes da barra as 10:45, vento SW de 20/25 knots o que esperavamos fosse nos propiciar uma boa velejada. Todo o grande em cima, genoa e fazendo 7,5/8 knots com picos de 9 ebaaa...num barco como o Zuretta isso eh velocidade pra caramba, afinal sao 13 toneladas em apenas 38 pes. Todo mundo feliz, um poucou de apreensao, pois o material do barco ainda considero em teste. Mas a frente que deveria durar umas 24 horas comecou a miar depois de umas 3 ou 4 horas onde nossa velocidade caiu abaixo dos famosos “6 knots”. Aqui cabe uma explicacao: a costa do Atlantico neste trecho nao tem portos ou baias, ou seja, abrigo de nenhuma especie, nadinha. Torres e Tramandai nao contam, pois consideramos mais perigoso entrar nessas barras do que ficar no mar. Entao se a velocidade do barco cai a menos de 6 knots ligamos o vento de porao pra sair da area o mais rapido possivel. Tambem eh uma regiao conhecida por ventos fortes e nao raro violentos, com mar podendo ficar muito grosso.

Ligamos o motor e comecamos a pegar altura, pois enquanto o vento estava SW acompanhavamos a costa abrindo ligeiramente. Durante o resto do dia e da noite fomos subindo e abrindo, alguma chuva, mar muitoooo desencontrado mexendo muito, realmente precisavamos ser um polvo para fazer qualquer coisa a bordo. Vento agora de SE em torno dos 10 knots, nao dava pra velejar somente, mas calcadinho no motor fomos indo, fizemos alguma coisa como 140 milhas nas primeiras 24 horas, ate que nao foi ruim.
Entao na tarde deste segundo dia um aviso radio pelo VHF... “todas as embarcacoes na area compreendida entre....bla..bla......(estavamos bem dentro da area), aqui eh navio de guerra da Marinha do Brasil, AFASTEM-SE da area, as tantas horas serao realizados exercicios de TIRO REAL”. O Veleiro Papyros navegava junto com a gente em comboio entrou em contato conosco e nos dois entramos em contato com o navio da marinha....queriam, claro saber...inscricao, nome, origem, destino...bla..bla...e ai nos mandam arribar para N navegando nesse rumo algumas horas para sairmos da area ( de fato ainda estariamos dentro da area, mas em posicao segura, de acordo com eles). O resultado eh que perdemos toda nossa altura ganha, saco.
Durante a noite, agora navegando bem mais orcado o vento que era de SE deu uma rondada para E e ficou mais fraquinho ficando a vela grande atropelando o vento, um rebosteio daqueles, mar ainda muito mexido e curiosamente mais alto, apesar do vento ter diminuido, comentamos a bordo que deveria estar soprando um ventao daqueles em alto mar.
Com o vento mais fraco e quase na cara, juntou-se a nos uma corrente contra de 1.5 knots pra deixar as coisas mais alegres a bordo...ahh...chovia um monte, durante a noite praticamente nao se via as luzes dos navios “cade a luz? Cade a luz?? Eh vermelha??? Tem certeza??? Eu uso oculos entao com a chuva mais maresia era uma piada tentar identificar alguma coisa....Para minha grata surpresa, descobri que o radar do barco, eh ruim, apesar de tentar filtrar ondas e chuva nao conseguia pegar o eco de um navio que estava no visual (de noite) o que confesso me deixou chateado, eh um modelo usado para pequenas embarcacoes comerciais, que tem fama de ser um radarzinho honesto, ou esta mal instalado, o que nao duvido, pois foi instalado em Pelotas, ou eh ruizinho mesmo. Essa agora eh uma questao pendente. (mais adiante o radarzinho quebrou um galho)
Bom, amanheceu, as coisas sempre ficam melhores ao amanhecer, ja pertinho de Sta Marta, chuvaaaaa, e mais chuvaaa...vamos indo, agora so no motor, parecia que as ondas iriam arrancar a vela grande, a correnteza que ainda nos agarrava, so nos soltou ao efeticamente dobrarmos o cabo Sta Marta...quando..........CHAMADA GERAL!!!!!!!!!!!!! Era so o que nos faltava, quando o VHF berra Chamada Geral nunca eh coisa boa,  “ventos ciclonicos ao sul da area bravo e norte da area alfa forca 7/8 com rajadas de NE, mar grosso muito grosso” (de novo onde estavamos, que coisa!!!). Mas depois de falarmos com Laguna radio pegamos os dados exatos e era so para o dia seguinte e de qualquer forma estavamos a um grau W de distancia, menos mal.  Especulamos que o mar cruzado que pegamos talvez fosse efeito desse vento mais para fora.
Como chovia e nao se via 50m (metros, nao milhas) na proa do barco, resolvi de novo brincar com o radar....fuca..fuca..mexe..mexe..e vi um borraozinho bem fraquinho no range de 3 milhas....em 6 milhas nao pegava nada, dai falei pro Claudio que tava de olho na rua...”cara, a bombordo fica no bico, tem um borraozinho aqui no radar”, mais um tempo e um pesqueiro arrastando aparece, desviamos e td bem, mas o cara so apareceu no visual a uns 50 metros....perto demais para meu gosto. Depois o tempo melhorou, o vento  seguiu a droga de sempre, entramos em Floripa pela baia sul e agora estamos no Veleiros da Ilha, clube conveniado ao nosso de POA, o Jangadeiros.
Hoje dia 26 estamos com o barco novamente abastecido e preparado, amanha vamos cedo para Porto Belo e la ficaremos aguardando uma janela para irmos para Ilhabela.
De resto o Zuretta pareceu um honesto barco de cruzeiro, seco por dentro, enquanto tinha vento velejou bem, quieto, nao quebrou nada. A vela grande ta dificil de subir (ao menos desce facil) os slides nao sao bons, o conves esta escorregando muito, vou ter que fazer assim que tiver um tempinho uma melhorada no anti derrapante.
Com o a aterrada que tivemos que dar, perdemos muito tempo, mas fizemos o trecho de RG ao Clube em Flops em 58 horas...
T+

1/11/2011

AINDA EM RIO GRANDE!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

01/11/2011

Entao, condicao favoravel para subir para o norte nao acontece, o mar,  vento e o mundo estao contra nos...

De fato, os ventos nessa epoca do ano sao normalmente de N/NE/E, entao nao temos de que reclamar. Entretanto, apesar da acolhida da turma do RGYC a gente comeca a ficar “nervoso” por uma condicao climatica que de uma forcinha pra gente subir, apesar de querermos ir  na contra-mao da estacao....
Ja vi museus...centro.. barzinhos .....e ja meio impaciente. Mas a boa pratica manda esperar bons ventos. Aqui no Sul, nao se brinca com o mar, eh jogo de gente grande.
T+

1/05/2011

Rio Grande

02/01/2011

Em Rio Grande – RS

Viemos para Rio Grande dia 31, esperar vento para subir a costa para primeiro SC e posteriormente RJ, mais precisamente Paraty, local que acho bem legal.

Esses meses em Pelotas, foi um periodo de muito trabalho a bordo..pintura de conves, revisao e instalacao eletrica/eletronica e complementacao do que achamos basico para navegar com seguranca. O conforto foi pensado mas nem tanto, poucos detalhes a mais do que ja tinhamos,  que ja nao eh muito. Na realidade, para mim, dormir em uma casa seca eh o maximo.
A navegada de Pelotas para Rio Grande nao tem nada de mais, na realidade foi uma motorada de 3 horas e pouco, vento na cara o tempo todo e sempre navegando no canal.
O Rio Grande Yatch Club eh muito legal, o pessoal recebe muito bem os visitantes, e os que estao como nos, esperando vento para subir para o norte, e/ou para o sul brrr, sempre recebem uma atencao especial, com o Guto e o Paulinho (Paulinho foi o mestre da lancha da FURGS por anos e conhece todas as malandragens da costa sul, correntes, contra correntes, rebentacoes sacanas, etc,,etc..etc..) sempre dispostos a dar todas as dicas da saida dos molhes da barra.
Rio Grande eh um porto de parada de velejadores do mundo todo que navegam por esta area do Atlantico, seja vindo do Sul, como do norte. Sempre tem atracado alguns barcos com bandeiras alienigenas. Bem legal tambem eh observar a variacao dos tipos de barcos e suas caracteristicas. Esguios, anorexicos, gordos, ou trolhas flutuantes, tem de tudo, entretanto, convem nao esquecer, as trolhas, ja atravessaram no minimo um oceano para chegar ate aqui. Uma olhada especial em um Vancouver 31...bah..que barquinho....basta olhar pro bixinho que a gente ve a vocacao de alto mar...detalhes de acabamento, este barco em especial tem uns 15 anos no mar e nao tem uma falha visivel na fibra ou no geo.
Nos agora esperando vento para subir, o pessoal daqui, conhecedor das idiocincrasias da regiao, ja avisou que vamos ficar um bom tempo na espera de vento favoravel. Por enquanto, pelo Ugrib, nada que possa nos ajudar nos proximos 7 dias, entao vamos conhecer Rio Grande, Cassino, museus....
A tripulacao de Pelotas a RG, foram,,,eu...a Elaine, o Rodrigo e o Claudio(cunhado).
Dicas:
- com vento SW por mais de 24 horas forma um contra corrente na altura do farol do conceicao mais ou menos a 3-5 milhas da costa de cerca de 1,5 knots para o Norte..ate o farol do Santa Marta, basta dar um rumo safo da Pedra do Campo Bom.
- da para passar por cima das redes dos pesqueiros pois elas Sao De Fundo, as  strobos estao colocadas a cada duas milhas, entao 3 luzes eh uma rede de 6 milhas, mas da para passar por cima, as redes tem 5 metros de altura e so estarao na superficie se vc estiver navegando com 5 metros de agua...
- Ao sair no molhe da barra de RG, navege pelo molhe da praia do Cassino ate mais ou menos meio comprimento do molhe para aproveitar a corrente, que na ponta do molhe pode chegar a 7 knots. Nao tente sair proximo ao molhe do Cassino, pois tem rebentacao (com ventos moderados a fortes). Atravesse para o molhe de Sao Jose do Norte no meio do caminho. Ao final do molhe pode seguir seu rumo no meio caminho para a primeira boia... ai ja estara safo.
- Lembre-se se sair com vento SE nao se engane, havera uma corrente para a costa que pode chegar a 3 knots dependendo da intensidade do vento...pense...seu barco anda a 6/8 knots para a frente e vai derivar 3 para a praia, entao vc nao vai sair de traves como parece, e sim em contravento  para nao cair na praia dando servico ao “carpinteiro.”
- Os pesqueiros trabalham em uma faixa de 3 milhas a 15 milhas da costa..Alguns navios hoje em dia chegam a navegar a mais de 20 knots..entao...entre aparecer no horizonte ( no conves de um veleiro)  e passar por cima de vc eh coisa de 15 minutos.
Essas dicas sao informacoes locais, fornecidas por velejadores da regiao, e nao sao  “oficiais”.

T+